segunda-feira, 31 de maio de 2010

Bola da Copa: Polêmica, mas sem novidades

A escalação do técnico Dunga não foi a única que provocou discórdia.

A uma semana do mundial, os jogadores já elegeram a bola murcha.

E o prêmio framboesa do futebol vai para quem?

Para ela própria.

O nome dela é Jabulani.

A bola da Copa 2010, na África do Sul.














Se a unanimidade é burra, o discurso pode ser aplicado para alguns jogadores que a Imprensa internacional fez questão de saber sobre a famigerada protagonista desta Copa.

Explicando melhor: quem tem contrato com a Adidas, não criticou a bola.

Motivo autoexplicativo.

Provas disso foram a não-manifestação de Kaká e os panos quentes colocados pelo volante Xabi Alonso, da seleção espanhola.

Ambos são ligados à marca.

Mas quem tem contrato com outros patrocínios, a lei da mordaça não existe.

Júlio César, goleiro da seleção brasileira, foi o primeiro deles.

"A bola da Copa é horrorosa. Parece com aquelas bolas que você compra em supermercado"

Depois, Júlio Baptista e Luis Fabiano.

"Não dá pra enganar não. A gente fez gol com essa bola. Mas tanto pro goleiro como para todos os outros jogadores, a bola é ruim mesmo. Os laterais chegam no fundo, vão cruzar e a bola vai para o lado contrário da intenção do jogador que chutou. Teriam outras possibilidades de bola. Mas praticamente precisamos aceitar, não tem jeito. É uma bola que vai complicar muito"

"A bola é muito estranha. A trajeitória que ela faz é muito estranha. É sobrenatural"

Felipe Melo, então, foi mais "filosófico":

"Ela é que nem 'patricinha': não gosta de ser chutada"

(Vale lembrar que a Nike é a patrocinadora da Seleção Brasileira)

Mas não se assuste.

Não foram só os brasileiros que reclamaram da bola.

Para reforçar, com a palavra, o goleiro Gianluigi Buffon, da Itália:

"O novo modelo é absolutamente inadequado e acho vergonhoso uma competição tão importante, que reúne tantos campeões, ter uma bola como essa"

Nessa lista, também inculi Bravo (goleiro chileno).

"É uma bola especial, feita para complicar a vida dos goleiros, para que cometam mais erros e saiam mais gols. É uma bola muito complicada, muito rápida, difícil de pegar (...) é parecida com a do vôlei de praia"

Iker Casillas (goleiro espanhol) não perdoou também.

"Parece uma bola de praia. É triste que em uma competição tão importante como a Copa do Mundo um elemento como a bola seja tão sofrível"

Apesar das polêmicas, essas manifestações não são uma particularidade desta edição.

Em 2006, a Teamgeist (bola do mundial da Alemanha) foi bastante criticada pelos goleiros que disputaram a competição.

Entre eles, o próprio goleiro alemão Jens Lehmann e Rogério Ceni, reserva da seleção brasileira.

Na Copa das anfitriãs Coreia e Japão (2002), as críticas praticamente não aconteceram.

Apesar das reclamações, a patrocinadora reitera: Não vai mudar a bola.

Nem mesmo os representantes do maior evento do esporte.

E como diz Tostão, a reclamação dos jogadores sobre as bolas não é novidade nenhuma.

"Todos esperam que os jogadores gostem, mas nesses casos, não é bem assim".



Natasha Guerrize

Um comentário:

Cahe´s blog disse...

A maior tecnologia aplicada para fazer a bola e, como sempre, todo mundo chora.
Que tal dar-lhes uma "bola de capotão" para jogarem a Copa?

Ela vai ser uma boa desculpa para os pernas de pau - desculpem o trocadilho - pisarem na bola à vontade.

Cahe is a Blogger

Postar um comentário